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Itamaracá renascendo: o fechamento do presídio Barreto Campelo e as oportunidades de investimento e turismo

22/04/2025 Mercado Imobiliário

O fechamento da Penitenciária Professor Barreto Campelo, anunciado em abril de 2025, é um marco significativo para a Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, e tem gerado expectativas positivas para a valorização imobiliária e a retomada do turismo na região. Abaixo, analiso as perspectivas para investimentos, valorização imobiliária e turismo, com base em informações disponíveis e tendências observadas, considerando o médio (2-5 anos) e longo prazo (5-10 anos ou mais).

1. Impacto do Fechamento do Presídio

A presença de unidades prisionais, como a Penitenciária Barreto Campelo, Agroindustrial São João e o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, foi historicamente apontada como um fator de insegurança percebida, afastando veranistas, turistas e investidores. O fechamento da Barreto Campelo, aliado à promessa de desativação gradual das demais unidades (prevista desde 2005 pela Lei 12.938), elimina um obstáculo simbólico e prático para o desenvolvimento da ilha. A percepção de maior segurança tende a atrair novos investimentos e visitantes, como já sugerido por lideranças locais e pelo trade turístico.

  • Efeito imediato: A desativação reduz o estigma associado à ilha, que era vista como um local de risco devido à proximidade dos presídios. Isso já começou a gerar otimismo, como indicado por Avelar Loureiro, presidente-executivo do Trade Turístico do Litoral Norte, que classificou o fechamento como o “renascimento de Itamaracá”.
  • Efeito psicológico: A retirada dos presídios pode restaurar a confiança de moradores, veranistas e investidores, que associavam a ilha a episódios de violência e rebeliões prisionais.

 

2. Perspectiva para Investimentos Imobiliários

A valorização imobiliária na Ilha de Itamaracá é uma possibilidade concreta, mas depende de fatores como planejamento urbano, infraestrutura e governança. Abaixo, as perspectivas para o médio e longo prazo:

Médio Prazo (2-5 anos)

  • Valorização inicial: Há indícios de aumento nos preços de imóveis em algumas áreas da ilha, como relatado em 2011, quando a expectativa de desativação dos presídios gerou alta de 32% em certas regiões, especialmente próximas ao Forte Orange. Com o fechamento efetivo da Barreto Campelo, espera-se uma valorização gradual do metro quadrado, conforme a percepção de segurança se consolide e a demanda por casas de veraneio e imóveis comerciais cresça.
  • Demanda por imóveis: A proximidade com Recife (cerca de 50 km) e a característica de Itamaracá como destino de veraneio favorecem a compra de segundas residências. O Censo do IBGE de 2023 apontou que 60% dos domicílios da ilha são usados sazonalmente, indicando um mercado já voltado para veranistas. A desativação do presídio pode atrair novos compradores, especialmente da classe média do Recife.
  • Limitações: A falta de um Plano Diretor claro e a necessidade de regulamentação para novos empreendimentos podem limitar o ritmo da valorização. Avelar Loureiro destacou que a ilha não suporta empreendimentos de grande impacto devido às suas características ambientais, sugerindo foco em projetos sofisticados e de porte moderado. Além disso, problemas como infraestrutura precária (limpeza urbana, saneamento e acessos) e conflitos fundiários, especialmente em Vila Velha, precisam ser resolvidos.

Longo Prazo (5-10 anos ou mais)

  • Crescimento sustentado: Com investimentos em infraestrutura, como a recuperação da Ponte de Vila Velha (R$ 1,3 milhão), da PE-001 (R$ 9 milhões) e da PE-035 (R$ 25 milhões), a ilha pode se tornar mais acessível e atraente para investidores. A requalificação da Coroa do Avião e o desenvolvimento de Vila Velha como polo turístico (protegida por leis de tombamento) também podem impulsionar o mercado imobiliário.
  •  Resorts e hotéis: Há planos para atrair resorts de média e alta densidade em áreas próximas, como Nova Cruz e Maria Farinha, o que pode aumentar a demanda por imóveis residenciais e comerciais na região. Estima-se que, em uma década, até R$ 10 bilhões possam ser investidos em projetos turísticos e imobiliários no Litoral Norte.
  • Riscos: A especulação imobiliária e a privatização de áreas podem gerar conflitos com comunidades tradicionais, como pescadores, restringindo o acesso a territórios e impactando o turismo de base comunitária. A ausência de boa governança, como alertado pelo professor Alcoforado, pode comprometer a sustentabilidade dos investimentos.

Conclusão sobre investimentos imobiliários:

O momento atual é propício para investimentos, especialmente em imóveis residenciais e pequenos empreendimentos comerciais, desde que os investidores monitorem a evolução do Plano Diretor e as melhorias em infraestrutura. No médio prazo, a valorização será moderada, mas no longo prazo, com planejamento adequado, a ilha pode se consolidar como um mercado imobiliário robusto, semelhante ao que Porto de Galinhas representa para o Litoral Sul.

3. Perspectiva para o Turismo

O turismo em Itamaracá, que já foi um dos principais destinos de Pernambuco nas décadas de 1980 e 1990, sofreu com o abandono, a presença dos presídios e a falta de infraestrutura. O fechamento da Barreto Campelo e os investimentos planejados abrem espaço para uma retomada, mas o sucesso dependerá de ações coordenadas.

Médio Prazo (2-5 anos)

  • Recuperação inicial: A desativação do presídio é vista como um símbolo da retomada turística, com potencial para atrair visitantes em busca das praias (Forte Orange, Jaguaribe, Sossego), do Forte Orange e de atrações culturais, como a ciranda de Lia de Itamaracá. Iniciativas como FamPress e FamTour, promovidas pela Empetur, já buscam destacar os encantos da ilha.
  • Foco em Vila Velha: A região de Vila Velha, protegida como Sítio Arqueológico e parte da Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz, é apontada como um novo polo turístico, com trilhas históricas (como a casa do Padre Tenório) e potencial para ecoturismo.
  • Desafios: A ilha enfrenta problemas crônicos, como poluição, lixo nas praias, esgoto a céu aberto e falta de limpeza urbana, conforme relatos de visitantes no TripAdvisor. A coleta de lixo e a infraestrutura são diretamente impactadas pelo fluxo de veranistas, que chega a 180 mil pessoas em finais de semana de alta temporada. Além disso, o turismo atual é majoritariamente de baixo gasto, com visitantes trazendo suprimentos de Recife, o que limita a arrecadação local.

Longo Prazo (5-10 anos ou mais)

  • Destino de destaque: Avelar Loureiro acredita que Itamaracá, especialmente Vila Velha, pode se tornar o “principal destino turístico do Nordeste” em algumas décadas, com planejamento adequado. A rica história (Forte Orange, Vila Velha), a biodiversidade (mangues, restingas, Ecoparque Peixe-Boi) e a proximidade com Recife favorecem esse objetivo.
  • Diversificação: A ilha tem potencial para explorar diversos segmentos turísticos, incluindo sol e praia, histórico, cultural, ecológico, náutico e de aventura, como destacado pelo ex-secretário de Turismo Bruno Reis. Atividades como esportes aquáticos, trilhas e eventos culturais (carnaval, ciranda) podem atrair públicos variados.
  • Investimentos em infraestrutura: A chegada de hotéis, pousadas e resorts, aliada à requalificação de atrativos como a Coroa do Avião e o Forte Orange, pode elevar o padrão do turismo. No entanto, é crucial que esses projetos respeitem as limitações ambientais da Área de Proteção Ambiental.
  • Riscos: A falta de políticas públicas eficazes e a má gestão podem perpetuar problemas como poluição e descaso com o patrimônio natural e histórico. Além disso, o turismo de massa sem planejamento pode agravar impactos socioambientais, como o descarte de resíduos e a especulação imobiliária.

Conclusão sobre o turismo:

O turismo em Itamaracá tem potencial para uma retomada significativa, especialmente com a eliminação do estigma dos presídios e os investimentos anunciados. No médio prazo, a ilha pode atrair mais visitantes regionais e recuperar parte de sua notoriedade. No longo prazo, com governança eficiente e foco em sustentabilidade, Itamaracá pode se reposicionar como um destino competitivo no Nordeste, rivalizando com outros polos turísticos.

 

4. Recomendações para Investidores

Imobiliário:

  • O que investir: Casas de veraneio, pequenos condomínios, pousadas e imóveis comerciais em áreas como Forte Orange, Quatro Cantos e Pilar, onde a valorização já é percebida.
  • Cuidados: Avaliar a regularização fundiária, acompanhar a elaboração do Plano Diretor e priorizar projetos que respeitem as restrições ambientais.
  • Momento: O momento é oportuno para aquisições, especialmente enquanto os preços não refletem totalmente a valorização esperada. Investidores com visão de longo prazo podem se beneficiar mais.

Turismo:

  • O que investir: Pousadas, restaurantes com foco em culinária local, agências de turismo (esportes náuticos, trilhas, passeios históricos) e eventos culturais.
  • Cuidados: Investir em experiências autênticas (como a ciranda e o ecoturismo) e evitar modelos de turismo predatório que desrespeitem as comunidades locais.
  • Momento: O médio prazo é ideal para estruturar negócios turísticos, aproveitando a fase de transição e o aumento gradual de visitantes.

 

 Considerações Finais

O fechamento do Presídio Barreto Campelo marca o início de uma nova fase para a Ilha de Itamaracá, com perspectivas promissoras para a valorização imobiliária e a retomada do turismo. No médio prazo, espera-se uma valorização moderada dos imóveis e um aumento no fluxo de turistas, especialmente regionais. No longo prazo, com investimentos em infraestrutura, planejamento urbano e governança, a ilha pode se consolidar como um destino turístico de destaque no Nordeste, impulsionando o mercado imobiliário e a economia local.

No entanto, o sucesso dessas projeções depende de ações coordenadas entre o governo estadual, a prefeitura, o trade turístico e as comunidades locais. Problemas como infraestrutura precária, poluição e conflitos fundiários precisam ser enfrentados para garantir um desenvolvimento sustentável. Para investidores, o momento é estratégico, mas exige cautela e acompanhamento das políticas públicas e das tendências de mercado.

Ilha de ItamaracáItamaracá

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